Inteligente, ousada, sarcástica. Transgressora, feminista, provocadora. Rita Lee esteve, desde sempre, muito à frente. E sempre combatendo a caretice. Seu nome é a mais completa tradução de vanguarda, assim como a sua arte, retrato de uma vida Rock´n´Roll.
Cantava nas letras os recados que queria dar sem filtros nem rodeios. Era verdadeira e imprimia suas ideias em figurinos irreverentes. Rita Lee lançou moda, permitiu-se, causou e motivou as jovens lá daqueles anos 1960, 1970, 1980 a se permitirem também.
As ovelhas negras ganharam voz e se vestiram de força. Num colorido louco e vibrante, em modelagens anárquicas, divertidas, ripongas. Rita Lee foi a cara da Biba no Brasil – a butique londrina mais famosa do mundo, que abriu as portas para a consagração da minissaia (criação conferida a Mary Quant, que foi morar no céu mês passado).
Nossa “Padroeira da Liberdade” viveu uma efervescência cultural maravilhosa, manteve o seu estilo e fez um monte de gente feliz. Tudo bem, a gente fica por aqui curtindo todo esse legado, mesmo sabendo que agora (só) falta você…